Um grupo de cientistas, que inclui astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), utilizou a técnica de microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na Via Láctea. Após uma busca que durou seis anos e incluiu a observação de milhões de estrelas, a equipe concluiu que os planetas em torno de estrelas são a regra e não a exceção. Os resultados serão publicados na próxima edição da Nature.
descobriram que há mais planetas do que estrelas na Via Láctea. O grupo, que
inclui astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), utilizou a técnica de
microlente gravitacional para determinar quão comuns são os planetas na nossa
galáxia. Após uma busca que durou seis anos, a equipe concluiu que os planetas
que giram em torno de estrelas (como os da ilustração acima) são regra, e não
exceção. Os resultados serão publicados na próxima edição da “Nature”
Durante os últimos 16 anos, os astrônomos detectaram mais de
700 planetas fora do nosso Sistema Solar (exoplanetas). A maioria foi
descoberta ou pelo efeito gravitacional exercido sobre suas estrelas
hospedeiras ou ao passarem em frente à estrela, fato que leva à redução de
brilho desses corpos celestes. Ambas as técnicas funcionam para planetas com
grande massa ou que estão perto de suas estrelas, o que pode ter excluído
muitos planetas da conta.
700 planetas fora do nosso Sistema Solar (exoplanetas). A maioria foi
descoberta ou pelo efeito gravitacional exercido sobre suas estrelas
hospedeiras ou ao passarem em frente à estrela, fato que leva à redução de
brilho desses corpos celestes. Ambas as técnicas funcionam para planetas com
grande massa ou que estão perto de suas estrelas, o que pode ter excluído
muitos planetas da conta.
Desta vez, a equipe procurou exoplanetas utilizando um método
totalmente diferente – as microlentes gravitacionais – que permitem detectar
planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram mais
afastados das suas estrelas.
totalmente diferente – as microlentes gravitacionais – que permitem detectar
planetas num grande intervalo de massas e também os que se encontram mais
afastados das suas estrelas.
Microlentes
As microlentes gravitacionais são uma ferramenta
poderosa, com o potencial de detectar exoplanetas que não poderiam ser
descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante
raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para que se
possa observar o evento. E para descobrir um planeta é preciso, ainda, que sua
órbita esteja igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
poderosa, com o potencial de detectar exoplanetas que não poderiam ser
descobertos de outro modo. No entanto, é necessário o alinhamento, bastante
raro, entre a estrela de fundo e a estrela que atua como lente para que se
possa observar o evento. E para descobrir um planeta é preciso, ainda, que sua
órbita esteja igualmente alinhada com a das estrelas, o que é ainda mais raro.
Embora encontrar um planeta por meio de microlente esteja
longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura, três exoplanetas foram
efetivamente detectados nas buscas: uma super-Terra e planetas com massas
comparáveis a de Netuno e de Júpiter. Em termos de microlente, ess é um
resultado considerado excepcional.
longe de ser uma tarefa fácil, nos seis anos de procura, três exoplanetas foram
efetivamente detectados nas buscas: uma super-Terra e planetas com massas
comparáveis a de Netuno e de Júpiter. Em termos de microlente, ess é um
resultado considerado excepcional.
Os astrônomos combinaram seguidamente a informação sobre os
três exoplanetas com achados anteriores. A conclusão foi que uma em cada seis
estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade
têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm super-Terras.
três exoplanetas com achados anteriores. A conclusão foi que uma em cada seis
estrelas estudadas possui um planeta com massa semelhante à de Júpiter, metade
têm planetas com a massa de Netuno e dois terços têm super-Terras.
A combinação desses resultados sugere que o número médio de
planetas em torno de uma estrela é maior que um. Ou seja, os planetas são a
regra e não a exceção na Via Láctea.
planetas em torno de uma estrela é maior que um. Ou seja, os planetas são a
regra e não a exceção na Via Láctea.
“Anteriormente pensava-se que a Terra seria única na
nossa galáxia. Mas aparentemente há bilhões de planetas com massas semelhantes
à da Terra que orbitam estrelas da Via Láctea”, conclui Daniel Kubas,
coautor do artigo científico.
nossa galáxia. Mas aparentemente há bilhões de planetas com massas semelhantes
à da Terra que orbitam estrelas da Via Láctea”, conclui Daniel Kubas,
coautor do artigo científico.