Atividades para alfabetização cartográfica
Muitos professores tem um grande receio de ensinar a ler mapas, esta prática é muito mais simples do que parece.
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A princípio pode parecer muito simples, e é! Não é preciso descobrir a roda para fazer com que as crianças aprendam a ler um mapa. Ensinar a ler mapa muitas vezes pode ser um parto para os professores. O que observamos na sociedade é que temos sérios problemas de orientação e localização espacial. Neste sentido, a alfabetização cartográfica, só tem a contribuir.
Uma ideia simples e objetiva é afixar nas salas de aula diversos mapas e ter, pelo menos um globo. O fado de o aluno ir observando diariamente o fará ir construindo, aos poucos, sua orientação cartográfica. Ainda que muitas vezes as crianças não tenham a percepção cognitiva sobre a complexidade do espaço, ou de que o mapa nada mais é do que a representação deste espaço, a exposição e o manuseio ajuda a se familiarizar com os mapas. Este é um processo primordial da alfabetização cartográfica.
É importante deixar bem claro que ler o mapa é totalmente diferente de “decorar o mapa”. Decorar, neste caso, se é que é a palavra correta, vai acontecer aos poucos, e não via “forceps”.
Ao entrar no estágio Pré-Operacional 2-6 anos (conforme a teoria Piagetiana), a criança poderá começar a compreender o que é um mapa a partir da representação, ou seja, o famoso “fazer de conta que”. É nessa fase que o pensamento simbólico vai favorecer ao reconhecimento do que é um mapa, aonde eu estou, aonde é aqui, etc.
Ainda que a criança não tenha a percepção completa do espaço (sobretudo ao que se refere ao espaço geográfico), dentro das proporções de grandezas, por exemplo, o contato inicial com os mapas ao longo da educação infantil só tende a ser produtivo. Adiante poderá, inclusive servir como instrumento de alfabetização – Brasil começa com B – “R” de Recife, etc.
Adiante, o estágio “Operacional Concreto” (6-12 anos). É aquele em que o aluno pode adquirir a habilidade de realizar operações concretas. Essa fase é muito propícia para o ensino de escalas e proporções, mas isso já é outra atividade que vou propor adiante…
Por fim, o estágio “Operacional Formal” (12-16 anos). Se torna muito propício às demais indicações cartográficas, grandezas, medidas, projeções cartográficas. Agora ele já pode se apropriar de todas as ferramentas para a correta leitura de mapas.
Mas, se querer me alongar, o foco desta pequena revisão é tratar da importância de ter sempre a disposição (e dentro do campo de visão dos alunos) diversos tipos de mapas e o globo. A curiosidade e o constante manuseio só tem a acrescentar ao aluno, e consequentemente ao professor.
Veja abaixo um pequeno vídeo com o depoimento do amigo Edésio Reichert (e não Edésio Richard – como trata a reportagem), sobre esse assunto.
Caso tenham dúvidas, críticas ou sugestões, escrevam. Será um grande prazer manter contato com os “irmãos de globo”.
Ivan Claudio Guedes, 34.
Geógrafo e Pedagogo.
Muito obrigado por seu apoio a esta simples ideia Ivan. Seu texto colabora muito no esclarecimento da importância destes materiais à vista da crianças.
Eu que agradeço por contribuir para com uma educação séria e de qualidade.
Um forte abraço.
Ivan
muito bom!Parabens!me ajudou muito..estava com duvida em relaçao…obrigada!
um abraço!
Eu que agradeço pela atenção. Desejo um ótimo trabalho.