Cristovam Buarque e Pedro Simon apresentam proposta que concede os mesmos 61,78% de aumento salarial dos congressistas ao piso salarial na educação básica
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu, na sexta-feira, que os professores tenham o mesmo reajuste de salário que tiveram os parlamentares (61,78% a partir de fevereiro, além das vantagens).
Se fosse aplicado o aumento de 61,78% dado aos parlamentares, aprovado na quarta-feira nas duas Casas do Congresso, o piso salarial dos professores passaria de R$ 1.024,00 para R$ 1.656,62.
Para o senador, o momento não era oportuno para aprovar tal aumento, uma vez que o Congresso ainda sofre falta de credibilidade devido às crises enfrentadas nos últimos anos.
— Estamos com tanta força e credibilidade a ponto de darmos um aumento desse tamanho? E aí a minha resposta: não era o momento oportuno — disse Cristovam.
Para o senador, o aumento do salário dos professores poderia dar legitimidade ao aumento dos parlamentares.
— Eu creio que isso [o reajuste dos professores] seria o mínimo que nós poderíamos fazer para mostrar ao Brasil inteiro que nós não estamos pensando somente no nosso salário, mas estamos pensando também no salário dos outros, em educação e nas crianças.
Proposta
Cristovam Buarque e Pedro Simon (PMDB-RS) apresentaram na quinta-feira um projeto de lei estendendo o mesmo percentual concedido aos membros do Congresso Nacional aos professores da educação básica das escolas públicas.
Para Cristovam, a desigualdade salarial entre os parlamentares — que pelo projeto aprovado passarão a receber R$ 26,7 mil — e os professores é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com consequências desastrosas para o futuro do Brasil.
Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá que o Senado dê uma demonstração mínima de compromisso com a melhoria da qualidade da educação das crianças brasileiras, o que contribuirá, segundo o parlamentar, para melhorar a credibilidade da Casa frente à opinião pública.
Eu não me lembro. Afinal eles votaram a favor ou contra o próprio aumento salarial???Porque em favor da honestidade, da revolta, da indignação com a atual situação eles não renunciam a seus cargos? Será que eles teriam coragem? Ou mais uma vez a ganância e a oportunidade de se fazer parecer diferente perante um povo emburrecido pelo sistema, falaria mais alto? Não sei, mas me parecem lobos em pele de cordeiro. Abutres em busca de carniça( aliás não falta no País).Em fim, se alguém puder me esclarecer eu agradeceria.